quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Feliz 2011

Caros Amigos,

Dentro em breve estaremos no último dia do ano de 2010...
e depois da meia-noite, virá o Ano Novo...
O engraçado é que, teoricamente, continua tudo igual...
Ainda seremos os mesmos.
Ainda teremos os mesmos amigos/amigas.
Ou o mesmo emprego.
As mesmas dívidas (emocionais e/ou financeiras).
Ainda seremos fruto das escolhas que fizemos durante a vida.
Ainda seremos as mesmas pessoas que fomos este ano...
A diferença, a sutil diferença, é que quando o relógio nos avisar que é meia-noite, do dia 31 de dezembro de 2010, teremos um ano INTEIRO pela frente!
Um ano novinho em folha!
Como uma página de papel em branco, esperando pelo que iremos escrever.
Um ano para começarmos o que ainda não tivemos força de vontade, coragem ou fé...
Um ano para perdoarmos um erro, um ano para sermos perdoados dos nossos....
365 dias para fazermos o que quisermos...
Sempre há uma escolha...
E, exatamente por isso, eu desejo que vocês façam as melhores escolhas que puderem.
Desejo que sorriam o máximo que puderem.
Cantem as músicas que quiserem.
Abracem bem apertado. Curtam muito. Queiram bastante.
Sonhem com anjos e sejam por eles protegidos.
Agradeçam por estarem vivos e terem sempre mais uma chance para recomeçar.
Agradeçam as suas escolhas, pois certas ou não, elas são suas.
E ninguém pode ou deve questioná-las.
Quero também agradecer aos amigos/gas 
Aos que me “acompanham” desde muito tempo.
Aos que eu fiz este ano.
Aos que eu escrevo pouco, mas lembro muito.
Aos que eu escrevo muito e falo pouco.
Aos que moram longe e não vejo tanto quanto gostaria.
Aos que moram perto e eu vejo sempre.
Aos que eu dou a mão, quando me pedem ou quando me parecem um pouco perdidos.
Aos que ganham e perdem.
Aos que me parecem fortes e aos que realmente são.
Aos que me parecem anjos, mas estão aqui e me dão a certeza de que este mundo é mesmo bom.
Grato por fazerem parte da minha história. Desejo a todos um Ano Novo com muita paz, felicidades, prosperidade e, principalmente, bastante saúde!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Wild West 2010 - Los Angeles

Viagem terminada, faltava algo mais antes do retorno para Sampa. Combinamos de realizar dois pernoites a mais, em Los Angeles, além do previsto.
No dia seguinte à devolução das nossas motos, nos despedimos dos amigos Prado e Cris que retornariam ao Brasil e partimos para um passeio até a Disneyland, afinal somos todos crianças e devemos aproveitar cada momento de descontração e a oportunidade de conviver entre amigos.
Pegamos o ônibus em frente ao nosso hotel (Marriott Airport) e fomos até um hub de turismo, próximo ao aeroporto, onde compramos os ingressos e pegamos a ônibus até a Disneyland (+ uma hora de viagem).
Na entrada da portaria já tivemos a grata surpresa pela organização e conservação das ruas, brinquedos e lojas. A toda ora parávamos para apreciar os detalhes e bater fotos, muitas fotos! 










Com tantas atrações, como selecionar aquelas que são as melhores? Foi quando a Sândala deu a idéia de andarmos nos brinquedos não aconselháveis para crianças e pessoas com problemas de saúde.
Foi um tiro certeiro! Fomos só naquilo que dá emoção e faz a gente sair do brinquedo com cara de quero mais! Uma felicidade só!
Como eu havia dito, as pessoas se transformam num passeio assim. Embora a estratégia estivesse traçada para andarmos nos brinquedos mais emocionantes, o Golin ficou empolgado com o carrossel e nos convidou para andar nesse brinquedo jurássico. Como boas crianças que somos, não recusamos esse insensato convite.
Faltou ainda dizer que o Golin estava tão empolgado, que acabou comprando um chapéu do Tico e ficou andando com ele o tempo todo. Isso é que é pagar um mico!




















Como havíamos marcado com o ônibus a saída do parque às 18:30h não ficamos para o show de fogos e desfile de final de tarde na Disney.
Após esse dia delicioso, estávamos mais interessados em voltar para o hotel e tomar um bom banho, afinal passamos o dia inteiro debaixo de uma lua e tanto!
O dia 25 de setembro foi dedicado às compras e preparativos para a nossa viagem de retorno.
Saímos de Los Angeles dia 26 e chegamos em Sampa na manhã do dia 27, dia em que o amor da minha vida fazia aniversário. A comemoração, ainda no avião, teve o tradicional parabéns para você e o calor dos amigos Galdino/Djina e Golin/Simone.





Os planos para o Wild West 2011 já estão em curso e o número de amigos para esse novo passeio vai aumentar muito. Agora, só falta a definição da data de início da nossa nova aventura, o mês será o de setembro de 2012 e a rota já está abaixo definida. Vamos nessa???

Wild West 2010 - A Cumplicidade de Nossas Garupas

Certa vez, estava lendo uma reportagem no site da Rotaway e achei que o texto escrito pelo Ricardo Lugris, caiu como uma “luva” no meu caso e dos meus parceiros de Wild West. O prazer de estar a dois, curtindo a paisagem com nossas garupas, torna a viagem cada vez mais prazerosa.
É incrível como essa cumplicidade faz com que as viagens sejam mais ricas em detalhes. 
Por diversas vezes eu sou pego de surpresa quando a minha própria esposa incentiva a realização de passeios. Fico animado quando ela diz que quer andar de moto e o destino não importa muito, basta o prazer em estar a dois, fazendo aquilo que mais gostamos.




Por isso, quero compartilhar com vocês uma parte do texto escrito pelo Ricardo e comprovado na prática na terra do Tio Sam.



“O GARUPA, que eu aqui vou preferir chamar de PASSAGEIRO.

Vou começar falando da experiência viajando junto com minha mulher como passageira milhares de km.
Eu, pilotando a moto e ela ali, fiel, coladinha em mim, acreditando e confiando em tudo o que eu faço durante horas e horas em muitos horizontes.
Foi sempre assim? Ela nasceu sabendo o que fazer em cima de uma moto?
A coisa é simplesmente terminar de arrumar a bagagem e as valises, colocar tudo na moto e, no espaço que sobrar, você coloca a sua passageira?(Aliás, tem muitos que ainda instalam uma mochila enorme nas costas da pobre parceira...)
Nada disso. Stop. Vamos retomar o assunto.Quanto tempo nos últimos anos você gastou com sua passageira para explicar como funciona o princípio da motocicleta?
Lembro de um amigo que, vendo com admiração nossas viagens, minha mulher e eu ali, juntos, enfrentando as fronteiras desse mundo, me disse:
Ah, você é tem sorte, minha mulher não quer mais nem saber da moto....
E eu pergunto: E você tentou fazer com que ela goste?
Claro! Levei ela comigo de Sampa a Campos do Jordão em um domingo na minha DUCATI Monster super esportiva. Foram somente 400 km, ida e volta e chovia um pouco....
Ela tinha bom equipamento?Bem, uma jaqueta de nylon e bons tênis Nike, sem luvas.
Seguramente ela voltou cansadíssima, irritada, molhada e gelada. Nunca mais. Ele perdeu ali a parceira para a moto.
Essa história caricatural é um pouco o que acontece com muitos motociclistas que colocam suas parceiras em uma moto pela primeira vez, como se coloca alguém que vai fazer Paraglider começando pela Pedra da Gávea....
Com minha mulher, pelo simples fato de que ela não sabe nem andar de bicicleta, iniciamos muito suavemente a fazer passeios de 1h, passeios de uma tarde, de um fim de semana e, quando ela mal percebeu, estava indo comigo da França até a Rússia, 8500 km!
Um pouco como a história do Paraglider, você começa baixinho e, quando percebe, já está saltando do topo de uma montanha.
Acredito que sua garupa pode ser muito mais do que outra peça de bagagem: Ela pode ser seu co-piloto.
Quando a gente viaja, vai vendo passar aqueles inúmeros quilômetros com relativa facilidade. Estamos ocupados pilotando a moto, verificando o computador de bordo, brincando com o GPS, calculando quantos kms faltam para a próxima pausa, etc. Enquanto isso, nossa parceira faz o que? Não faz nada.
Fica ali, olhando a paisagem, se houver uma e se ela tiver altura suficiente para poder ver por sobre o seu ombro e pensando o que ela está realmente fazendo ali...  Fidelidade, meu caro, tem limite!
Foi aí que minha mulher e eu começamos a desenvolver idéias para que a viagem de moto tenha para ela a mesma dimensão que tem para mim.
Vamos ver se eu consigo enumerar algumas dessas técnicas, se é que podemos chamá-las assim:
Intercomunicador nos capacetes – Importante poder conversar. Esse negócio de sua parceira ter que te dar um “cascudo” no capacete para te dizer que quer parar para fazer xixi é muito tosco. Não serve em uma viagem de várias semanas.
Além do mais, você aproveita a estrada para levar aquelas conversas longas e colocar em dia um monte de “probleminhas” do casal.
Lembre-se que ela não vai poder abandonar a conversa pois vocês estão a mais de 100 km/h na estrada. (a Daehr, alemã fabrica um equipamento muito bom, fácil de instalar em qualquer capacete. O meu, ainda é por cabo, com cada um de nós conectados na moto).
Equipamento pessoal – Ela tem que ser o mesmo equipamento seu. No nosso caso, minha mulher e eu usamos o mesmo material e variamos a cor. Assim, quando chover, fizer frio, calor, neve, poeira, vento, etc. O que você sofrer, ela sofre (ou não) da mesma forma. Se você estiver bem protegido, ela o estará também.
No meu caso, como uso a Jaqueta Rallye Pro 3 da BMW, tenho um grande bolso nas costas que minha mulher usa como depósito para colírio, batom, mentas, chocolate, creme hidratante e todas essas coisas absolutamente essenciais que as mulheres insistem em levar com elas. (Deixe ela levar, você nunca sabe quando vai bater aquela abelha no seu olho e você vai precisar daquele colírio esperto que ela carrega...)
Vigilância na estrada – Minha mulher comparte comigo o espelho retrovisor esquerdo. Faço a regulagem do espelho de forma a que nós dois possamos ver o que nos segue ou o que tenta nos ultrapassar. Combinamos que uma leve pressão de sua mão na minha cintura indica que estamos sendo ultrapassados ou que vem um carro, pela direita, ou pela esquerda segundo o lado da pressão. Várias vezes ela me tirou do aperto pois, está claro que quatro olhos vem muito melhor do que apenas dois.
Fotos – A maior parte de nossas viagens se passa em pequenas estradas do interior. Assim, temos tempo de apreciar a paisagem e estamos todo o tempo comentando o que vemos e o que está acontecendo ao nosso redor.
Uma das atividades que minha mulher mais gosta enquanto rodamos por esse mundão é a de fotografar a paisagem. No final do dia, revisamos as fotos e apagamos aquelas que não servem. Mesmo assim, muitas fotos registram lugares que passamos e que não tínhamos percebido sua beleza.
Navegação e Planejamento – Planeje com ela as etapas. Nossa parceira pode ajudar enormemente na navegação. Você pode colocar, aplicado com velcro, um porta-mapas nas costas de seu blusão e sua parceira pode ajudá-lo a localizar-se. Esta ajuda é muito bem vinda mesmo quando você tem um GPS instalado.
Bagagem – Compartilhe a organização da bagagem. Mulheres são, em geral, mais organizadas do que nós.
Abastecimento e pagamento - Um abastece, o outro vai pagar o posto de gasolina, etc. 
Pausas de descanso – Veja com ela qual o limite do conforto das etapas entre pausas de descanso. Em solo, você pode fazer 3 ou 4 horas sem parar, a dois, você deve ser muito mais freqüente. Acostume-se a parar a cada 1:30 h com 15 minutos apenas de pausa. A viagem vai render muito mais.
As idéias acima são apenas algumas sugestões para fazer de sua viagem com sua parceira uma atividade em equipe. Com isso, você terá em sua passageira alguém muito mais disposto a enfrentar os desconfortos de uma viagem de moto. Ela será parte da viagem e o prazer será muito mais do que o dobro.
Lembre-se: Se ela estiver descontente, sua viagem vai ficar muito mais longa e nem um pouco divertida... A moto é um espaço demasiado pequeno para desentendimentos.
Depois destes comentários, deixe-me lembrá-los que para nós motociclistas, rodar em moto é algo praticamente evidente e óbvio. Estamos fazendo isso há anos e temos a experiência para chegar onde chegamos.
Se você convidar alguém para viajar junto que não está habituado à motocicleta, lembre-se de tomar seu tempo para lhe explicar as suas regras de segurança, cada um tem as suas. Explique a ele/ela quando e como subir e descer da moto, como se comportar em caso de aceleração, de frenagem, em curva, com a moto parada, etc. Explique tudo isso antes de sair, sem o capacete e sem pressa. Seja amável com ela e certifique-se que ela entendeu as suas explicações.
Uma vez que vocês estejam prontos, enquanto a moto esquenta o motor, verifique se seu capacete está bem colocado e que a jugular está bem fixa, mas sem apertar, o colarinho do casaco fechado, luvas ajustadas, a calça cobrindo as botas e as mangas bem ajustadas para evitar a entrada de frio.
Lembre-se que sua parceira está mais exposta ao frio e à chuva do que você e precisa ser protegida não só contra esses elementos, mas também no eventual caso de uma queda. (Não gosto de falar disso mas é sempre uma possibilidade).
No caso de uma garupa de “primeira viagem”, faça um esforço para nos primeiros minutos assegurar uma conduta suave, sem acelerações bruscas e mais lentamente do que de hábito para você. Um bom motociclista saberá dar confiança a seu passageiro e seguramente não conduzirá a moto da mesma forma que quando está em solo.
O passageiro, ou a passageira, deverá poder se manter na moto somente apoiada por suas pernas, sem ter que se segurar no apoio lateral ou no piloto.
Um bom e simples teste para isso é que o garupa possa se levantar um pouco da sela, descolando o traseiro, sem usar suas mãos. Faça esse teste com ela.
Devemos levar em conta que a moto muda de atitude quando temos o passageiro e o extraordinário prazer de rodar a dois exige alguns ajustes na motocicleta, como a pressão dos pneus ou a regulagem da suspensão.
Você deverá ajustar as suas distâncias de aceleração e frenagem ou mesmo, o tempo de ultrapassagem que já não será mais o mesmo.
Sua passageira, em suma, deverá estar confortável e a melhor maneira de chegar a isso cabe a cada um de nós descobrir.
O que eu sei é que, compartir a maior parte de minhas viagens com minha companheira de toda a vida, acrescentou algo misterioso e importante em nossa relação:
A cumplicidade. Somos culpados de muitos quilômetros juntos. Boa estrada e grandes viagens a dois para vocês.”

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Wild West 2010 - Saindo de Pismo Beach

Ao abrir a janela do nosso apartamento e ver que o sol já está alto, o céu sem nuvens e um friozinho extremamente agradável, faz a gente ter certeza que o passeio de hoje promete. Vai ser deslumbrante como toda essa viagem. Aliás, faltou dizer que a visão que temos da varanda do nosso quarto é magnífica, o mar batendo forte no píer e, lá longe, a lua ainda aparecendo, não há coisa melhor.
Tudo pronto, café tomado, malas guardadas na van de apoio e máquinas acionadas em direção a  Solvang, lá vamos nós!!!

A nossa primeira parada foi uma grande surpresa. Não imaginávamos que em plena Califórnia, próximo ao mar, havia uma linda cidade com pouco mais de 5.000 habitantes chamada de Solvang no condado de Santa Bárbara.
Essa cidade turística foi fundada por dinamarqueses, em 1911, e preserva a arquitetura da Dinamarca. É como se estivéssemos na Europa, um verdadeiro colírio para os olhos pelos belos prédios, jardins e restaurantes de comida saborosa e um chocolate quente sem igual. Show!










Saindo de Solvang, fomos direto para Santa Barbara visitar o Stearns Wharf. Foi a oportunidade para aproveitarmos a brisa fresca do oceano e observar os diversos barcos de pesca do local com um leve toque do frescor da manhã. Lá, há a oportunidade de você fazer um passeio de barco e aproveitar para observar as baleias do litoral da Califórnia. Existem vários restaurantes especializados em frutos do mar e ainda diversas lojas de suvenir para os turistas. É uma ótima oportunidade para apreciarmos o contraste do mar com as montanhas ao fundo. Um local imperdível!
Nos encontramos com um casal de argentinos que passava pelo caís e ficaram encantados pela alegria da nossa turma e atraídos pelas motos, afinal elas estavam agraciadas com bandeiras do Brasil.










A ansiedade está cada vez maior, pois estamos bem perto de Los Angeles e do final da nossa viagem, mas antes conheceremos a famosa Malibu com suas ricas mansões e área de veraneio para diversas pessoas, principalmente aquele que gostam do conforto de um motorhome. Confesso que nunca vi tantos em um só local!









A entrada de Los Angeles estava com um trânsito muito intenso e o Peter nos alertou para não deixarmos muito espaço entre as motos e manter a distância mínima de segurança.
Antes de devolver os nossos brinquedos, aproveitamos para encher os tanques e fomos direto para a Eagle Rider perto do aeroporto.
Vieram as comemorações pelo encerramento dessa linda viagem e a despedida dessa etapa de prazer que é rodar de moto nos EUA.
Uma viagem de 2.000km de pura diversão e prazer em aproveitar o seu dia – CARPE DIEN!




Tenho certeza que planejar e realizar sozinho toda a viagem, dentro do território americano, não seria tão agradável como quando contratamos os serviços da Eagle Rider para essa viagem pela costa oeste. Tudo muito organizado, planejado e sem qualquer imprevisto. Recomendo sempre utilizar os serviços de profissionais, deixando para nós pilotos e garupas, apenas o prazer em andar de moto.